O TEMPO PASSA E A GENTE VÊ E OUVE TANTA COISA...
AGORA ESTÃO CRIANDO NOVOS CARGOS PARA A IGREJA, ALÉM DOS QUE A BÍBLIA NOS ORIENTA. SÓ PODEM ESTAR DE BRINCADEIRA... SERÁ QUE DEUS NÃO VAI USAR NINGUÉM PARA FALAR NADA? ONDE ESTÃO OS PROFETAS DE DEUS?
O que diz a bíblia?
E ele mesmo deu uns paraapóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores... Ef 4.11
Vai aqui algumas orientações para os amados irmãos!!!
1. Definição de Obreiro: aquele que trabalha; o que realiza uma obra; operário; trabalhador; jornaleiro, etc.
Partindo da definição, todo aquele que trabalha na Obra de Deus, ou seja para o santo Evangelho de Cristo, independentemente do cargo ou posição que ocupa, é “Obreiro Cristão”.
2. Constituição Bíblica: - Nas Sagradas Escrituras, encontramos o “obreiro” citado pelo Senhor Jesus (Lc. 10:2,7), nas seguintes palavras: “Grande é, em verdade a Seara, mas os obreiros são poucos... Rogai, pois, ao Senhor da seara, para que envie obreiros para a sua seara... Digno é o obreiro do seu salário”. O apóstolo Paulo também afirma que “digno é o obreiro do seu salário” (1Tim. 5:18), e exige de Timóteo, como exemplo para todo o crente, a “apresentar-se a Deus, aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, e que maneja bem a Palavra da verdade” (2Tm. 2:15). Ainda ele trata os falsos obreiros de “fraudulentos” (enganadores), e pede aos irmãos para se guardarem dos cães (elementos de má índole, canalha, ingrato), e dos maus obreiros (Fl. 3:3).
Todo crente foi chamado para trabalhar, isto é, pregar o Evangelho, ensinar a fé e a obediência Deus; todo crente possui poder (autoridade) para curar os enfermos, expulsar os demônios e propagar a Obra de Deus, na terra (Mc. 16:15-18). É dever de todo crente, evangelizar a outros, pois este é o mandamento do Senhor: “De graça recebestes, de graça daí!” (Mt. 10:8); “Não me escolhestes voas a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; afim de que tudo quanto pedirdes ao Pai, em meu nome, Ele vo-lo conceda” (João 15:16).
- Diversidade de Dons na Igreja: Por diversidade de dons, referimo-nos aos diversos cargos ou ministérios a serem ocupados na Igreja.
Considerando que os cargos nos foram dados por Cristo Jesus, que é o Supremo Chefe da Igreja, estes cargos, ao mesmo tempo, são “dons” (Efésios 4:7-16). A mesma palavra é usada em 1Cor. 12, para esclarecer a respeito dos “Dons do Espírito Santo” confiados ao crente, para o que for útil a cada um, que neste caso não se refere a cargos, mas à operação do poder de Deus para fazer cada crente uma bênção para todo o corpo, que é a Igreja.
4. Definição de Cargos:
Deus estabeleceu na sua Palavra, os cargos para serem utilizados na sua Igreja, (Efésios 4:7-12) os quais são:
I - Apóstolos. Dom concedido primeiramente aos doze apóstolos que andaram com Cristo, e foram as doze colunas da Igreja, e que assentar-se-ão sobre doze tronos para julgar as doze tribos de Israel. Apóstolo significa: Enviado, Mensageiro, Embaixador, Missionário, aquele que cumpre a missão de pregar o Evangelho.
Particularmente, acho muita pretensão dos atuais ministros do Evangelho, o esnobar um título de Apóstolo, que pode ser naturalmente substituído por "Bispo", um título bem mais coerente para um supervisor do seu Ministério.
II - Profetas. Se o apóstolo João escreveu que “a Lei e os profetas duraram até João (Batista), como se enquadra o dom ou cargo de Profeta, na Igreja do Senhor Jesus Cristo, que veio exatamente cumprir a Lei, ou seja encerrar a “Dispensação da lei”?
As profecias, no Novo Testamento, são “pregações das verdades das Escrituras”, sob a inspiração do Espírito Santo, na língua natural do pregador.
As pregações, ungidas pelo Espírito Santo, tornaram-se profecias, acompanhadas do abençoado testemunho de Deus, na vida de seus servos. Toda profecia concernente ao destino do mundo e da Igreja, está contida nas Escrituras, não cabendo a nenhum “profeta” moderno, predizer algo concernente a eventos futuros, contrariando as verdades das Escrituras.
Além da “pregação-profecia” proferida pelo pastor da Igreja, que é o ungido de Deus”, ou outro para este fim ordenado, cremos no “dom da profecia”, como um instrumento de Deus para “edificação, exortação e consolação da Igreja”. O Dom da Profecia é ministrado por Deus, aos seus servos, juntamente com a Revelação, e a Palavra do Conhecimento, isto é, a Palavra certa para aquele momento.
Não se deve aceitar que qualquer pessoa se levante em meio ao culto, para ministrar profecias, dizendo-se “em nome do Senhor”, quando Deus tem colocado um servo seu, ungido para ministrar a sua Palavra, que também é uma Profecia. Esta tem sido a causa que tantos males tem causado às Igrejas que adotam ou permitem esta prática, em detrimento da Palavra de Deus. (Que se leiam Jeremias, capítulo 23:9-40).
III - Evangelistas. Aqueles que são dotados de capacidade especial para evangelizar cidades, estados, países, e até mesmo continentes. O mesmo que missionário. Paulo, o apóstolo, foi o maior evangelistas, considerado também grande missionário.
IV - Pastores: (apascentadores) Aqueles que tem a incumbência de pastorear o rebanho de Deus, ensinando e doutrinando, para apresentar a Deus, uma Igreja sem mancha, sem mácula e sem ruga.
Deus tem posto estes homens na Igreja, querendo com isso, o “aperfeiçoamento dos santos”. A Palavra de Deus nos ensina: “Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque eles velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil” (Hb. 13:17).
Entre os apóstolos e primeiros pais da Igreja, encontramos alguns que, segundo as Escrituras, exerceram o pastorado. O apóstolo Paulo afirma: “Eu plantei (evangelizou), Apolo regou (pastoreou), mas o crescimento foi Deus quem deu” (1Cor. 3:6). O apóstolo Pedro também afirma ter sido presbítero, que corresponde àquele que administra, cuida (semelhante ao pastor - 1Pe. 5:1). Segundo a história, Tiago, irmão do Senhor (o da epístola), exerceu por longo tempo o pastorado da Igreja em Jerusalém, o mesmo acontecendo com Marcos.
Também, o apóstolo João, pastoreou por muito tempo a Igreja em Éfeso, até o seu confinamento na Ilha de Patmos, (81-96 A.D.), retornando no fim do século, e lá permanecendo até à sua morte, quando ele se identifica como “Ancião e Presbítero”.
Jesus é o “Sumo-Pastor”, o Bispo dos bispos (João 10:14; Heb. 13:20; 1Pe. 2:25, 5:4). Mesmo no Antigo Testamento, Deus trata seus servos, os profetas de “pastores” (Isaías 13:20; 40:11; Jer. 23:4; 31:10; Ez. 34:5,8, 12:23; Zac. 11:17).
O pastor é, ao mesmo tempo, “mestre”, pois este cargo foi estabelecido por Deus, e pertence à quarta classe dos ministérios: “pastores e mestres”. Deus os estabeleceu como despenseiros dos mistérios seus (1Cor. 4:1; Ef. 3:8,9).
Outros cargos bíblicos cabíveis ao pastor: “bispo”, igual a supervisor (Atos 20:28; 1Tim. 3:1); “ancião”, igual a presbítero, aquele que, como um pai de família, está bem a par das necessidades do lar, deve o presbítero ou ancião, estar a par das necessidades materiais e espirituais da Igreja, para orientar no que necessário for.
5. Cargos auxiliares.
a) Presbítero (ou ancião). Os presbíteros são ordenados para a formação do “corpo administrativo” da Igreja local, bem como para auxílio do ministério pastoral. Como os cargos anteriores, também este foi estabelecido por Deus, como “ministério de auxílio”, e já nos primeiros tempos da Igreja apostólica encontramos os Presbíteros. Os mesmos deviam ser eleitos pela Igreja (At 14:23).
Tiago instrui que quando alguém adoece, deve chamar os “presbíteros da Igreja, para que orem” (Tiago 5:17). Paulo recomendou a Tito que constituísse presbítero em cada cidade (Tito 1:5). De Mileto, o mesmo Paulo mandou chamar os presbíteros de Éfeso (Atos 20:17).
Também se pode ver pelo exame das Escrituras, que o presbítero é um obreiro que exerce o ministério pastoral. O apóstolo Pedro escreveu: “Rogo, pois, aos presbíteros que há entre vós, eu, presbítero com eles... pastoreai o rebanho de Deus que vos foi confiado” (1Pe. 5:1-4). Não há dúvida que Pedro foi pregador e apóstolo da mais alta ordem, e conseqüentemente também, pastor. Ele instruía aos presbíteros (pastores) que cuidassem do rebanho. Também afirmou ser ele um presbítero, que exortava a outros presbíteros. Quando o apóstolo João escreveu as suas segunda e terceira Cartas, identificou-se como sendo o “ancião” e o “presbítero”, dando com isso a igualdade dos títulos. Presbítero, Ancião e Bispo, são títulos similares, confiados a homens consagrados à Obra de Deus, especialmente para o ministério da Palavra e do cuidado da Igreja. Existe uma pequena diferença nos significados destas três qualificações: Presbítero refere-se ao homem, na sua experiência administrativa espiritual, sendo utilizado como administrador da Igreja. Ancião dá a idéia de alguém maduro (idôneo) para decisões importantes na Igreja; assim era com os anciãos de Israel. Bispo dá a idéia de supervisor (ou superintendente). Em resumo: “Presbítero, Ancião e Bispo”, são sinônimos de “Pastor”, que é aquele que arrebanha, cuida, administra e supervisiona a Igreja que lhe foi confiada. O apóstolo Paulo nos dá a entender que havia distinção entre os presbíteros; isto é, havia os meramente administradores (organizadores, que talvez se ocupassem do cuidado dos pobres, na visitação pessoal, etc.), e os que se ocupavam da Palavra (1Tim. 5:17).
b) Diáconos. O encargo dos diáconos não é uma invenção humana. O Espírito Santo inspirou a sua criação na Igreja. Foi instituído nos primeiros dias da Igreja (Atos 6:1-6), com a finalidade de cuidar da administração diária. O registro sagrado sobre essa eleição, o conjunto de virtudes requerido, e o modo de proceder dos escolhidos para este cargo, servem de valioso exemplo que todas as Igrejas devem seguir. Mais tarde, com o crescimento e o estabelecimento definitivo da Igreja, a eleição de diáconos se tornou um procedimento tão regular, que foi necessário ao Espírito Santo providenciar um padrão pelo qual os diáconos (e diaconisas) pudessem ser escolhidos (1Tim. 3:8-13):
“Da mesma sorte os diáconos sejam honestos, não de língua dobre (fingido), não dados ao vinho, não cobiçosos de torpe ganância; guardando o mistério da fé, em uma consciência pura; os mesmos devem ser fiéis no matrimônio (maridos de uma só mulher), e devem ter amplo governo sobre seus filhos e suas próprias casas”. Requisitos iguais são exigidos para as diaconisas.
Um outro requisito que aparece na primeira escolha dos diáconos, é que devem ser “cheios do Espírito Santo” (Atos 6:3). A exigência do conhecimento das doutrinas da fé (isto é, guardar o mistério da fé), envolve a maturidade como crente, além da diligência ou aplicação no estudo da Palavra de Deus. Por isso mesmo o apóstolo recomenda a não escolha de neófitos (inexperientes) para os cargos de diáconos e presbíteros.